domingo, 18 de fevereiro de 2018

Meu mundo

O melhor abraço do mundo é o seu. Ele me acolhe como uma criança perdida que acabou de achar sua mãe no meio da multidão onde nenhum par de olhos sentia sua falta ou  notava sua presença.
Quando os seus olhos se encontra com os meus eles simplesmente sorriem e antes de nos abraçar nossos corações em forma de batidas  parecem falar “você chegou” e isso nos basta. Não isto não só acontece com contato visual ou toque, pelo contrario, basta uma voz ao telefone para que as linhas do meu coração voltem ao normal, tranquilamente... E do nada a tristeza, chateação ou aquela nuvem negra que me acompanhou o dia todo  sai de mim, automaticamente.
Não da pra explicar, só sentir.
Abraço esse que me passa energia boa, pois nele me sinto quem sou de verdade sem ninguém para interferir ou opinar, só sentir.
Poucos têm o privilegio de sentir tal sensação, como se fosse um abraço de outras vidas. Que sempre se reencontra e por algum motivo se afasta e a cada reencontro nossas almas se abraçam antes mesmo de um toque.
Nossos batimentos cardíacos ate então  normal, aumentam subitamente os picos junto com proporção do aperto  forte e só nos soltamos depois de nos sentirmos totalmente recarregados, de amor.
E dentro dele me sinto no melhor lugar que eu poderia estar e não queria nenhum outro mesmo se o mundo acabasse naquele momento. E é como se eu merecesse cada segundo da sua companhia.
Precisei de uma vida inteira para entender que, amor é;
 Quando encontramos a pessoa certa não se sabe se para sempre ou não,  se no momento errado ou não, mas que passa uma segurança do tamanho do mundo ou mais, através de detalhes que na sua vida toda jamais foram percebidos ou de fato vividos.
Pessoas vêm e vão é normal para qualquer ser humano. Os filhos crescem e seguem seus caminhos, constituem famílias e nos trazem netos.
A vida passa... E o que nos resta se não um dia após o outro,  apenas com o espaço da nossa própria vida, com o ar que respiramos e nada mais.
Envelhecemos á espera do fim, e enquanto esse fim da vida de um não chega para o bem do outro, assim, sucessivamente nos recarregamos de bem querer imenso um para com o outro. De um indescritível amor  em abraços que cura ate dor, física ou mental e a gente só precisa acreditar.
Um abraço que nos  faz esquecer o mundo la fora ou de alguma maneira esquecer todo  o gosto passado deixando apenas a sede de viver intensamente o hoje como se não houvesse amanhã. E eu quero responder enquanto eu poder, eu também te amo...
                                                                                                                   Mayala Morenna

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Carnaval


Uma mistura de cor e alegria que a todos, contagia e se não a todos, a maioria.
A passarela vira um imenso palco repleto jamais visto em outra época ou lugar.
Senhoras e senhores, o espetáculo vai começar...
E são pessoas comuns atuando e celebridades junto se misturando.
O grande palco foi formado e a plateia espera a dança.
Do mais velho ao mais novinho, todo mundo se divertindo.
Com sol ou chuva, dia, noite ou lua aguardam um ano por esta data, não minha ou sua, mas nossa, de alegria pura.
E uma diversidade de fé sem preconceito, cada um vem do seu jeito.
Carnaval
Deveria ser apenas lugar de risos e alegria e tal, mas sem foco isolado de marginal tira de muitos todo o brilho e cor plantando com punhados de terra a dor.
Nem todo barulho é musica, nem todo brilho de fogos é cor, mas também, dor.
Uma vida ou outra se vão e de quem é a culpa meu irmão?
Eu queria ser feliz só um pouquinho, nesse tempo de crise, a mercê dos homens de colarinho.
Uma vida  ou outros sonhos se perde na chegada ou na saída, deixando um povo descrente de vir pular, se divertir com toda a gente.
Esperamos que no ano que vem tudo seja diferente e melhor, somos brasileiros, não merecemos o pior.
 Violência, tristeza que definha, com a alegria do carnaval, não combina.
                                                                                                                    Mayala Morenna

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Cheirinho bom























A bacia suja de marrom condena  bolo de chocolate no forno, não ha ninguém para lamber a colher de pau ou o resto e não tenho outra alternativa a não ser colocar água e junto pareço sufocar o pedido das crianças;
Deixa eu, não eu, deixa eu mãe!
E então percebo no silencio que o tempo passou.
As crianças cresceram.
 Nem todos mudaram para longe, mas de certa forma, mudaram...
Mas eu continuo aqui, com os mesmos afazeres, talvez menos, mas o suficiente para sentir um vazio de pensar, lembrar e os olhos lacrimejarem.
Saudade da casa cheia de risos e gritos, do barulho dos talheres na mesa, do farelinho do bolo quente que acabou e Satisfeitos com a boca cheia mal teve tempo de elogiar e já corriam para  brincar na segunda ou terceira rodada.
Férias, qualquer brincadeira saudável em alguns minutos ou uma hora certamente lhes abririam o apetite e de novo...
Um cheirinho invadia a casa e o barulho da pipoca estourando vazia sua vez na tarde. Era convidativo.
O chão nem boca têm e comia junto e não adiantava reclamar, pra quê?  Não havia nada a fazer a não ser sorrir e fazer um pouco mais.
E em U, dois três e já chegaram mais crianças do vizinho ou do quintal e la se juntaram de mão em mão se enchendo e a bacia esvaziando ate acabar com cada grão.

                                                                                                                       Mayala Morenna