Deixa eu, não eu, deixa eu mãe!
E então percebo no silencio que o
tempo passou.
As crianças cresceram.
Nem todos mudaram para longe, mas de certa
forma, mudaram...
Mas eu continuo aqui, com os mesmos
afazeres, talvez menos, mas o suficiente para sentir um vazio de pensar,
lembrar e os olhos lacrimejarem.
Saudade da casa cheia de risos e
gritos, do barulho dos talheres na mesa, do farelinho do bolo quente que acabou
e Satisfeitos com a boca cheia mal teve tempo de elogiar e já corriam para brincar na segunda ou terceira rodada.
Férias, qualquer brincadeira saudável
em alguns minutos ou uma hora certamente lhes abririam o apetite e de novo...
Um cheirinho invadia a casa e o
barulho da pipoca estourando vazia sua vez na tarde. Era convidativo.
O chão nem boca têm e comia junto e
não adiantava reclamar, pra quê? Não havia
nada a fazer a não ser sorrir e fazer um pouco mais.
E em U, dois três e já chegaram
mais crianças do vizinho ou do quintal e la se juntaram de mão em mão se
enchendo e a bacia esvaziando ate acabar com cada grão.
Mayala
Morenna
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