segunda-feira, 4 de junho de 2012

Essa foi por pouco



Assim falou Tom ofegante após entrar correndo e trancar a porta, quanta rapidez.
Tinha mais ou menos três ou quatro homens fortes correndo atrás dele. 
Que com alivio se recupera do susto, na verdade quase molhou as calças e foi direto para o banheiro. Não sei por que, mas ele achou melhor trocar de bermuda, passou a Mão no tecido  dela não achou defeito algum que não explicasse a troca.
Ele que não perde o humor, faz cara de deboche dizendo: Ainda bem que sou “um bom observador” e deu uma piscadinha  balançou os ombros e acrescentou:”E eu tenho culpa.”
 Se jogou no sofá da sala fazendo um esforço enorme pra ter uma boa ideia.
 Virava pra lá e pra cá, mas como todo louco fala sozinho resmungou:
“acho que meu estoque de idéias acabou, vou tirar um cochilo pra ver se inteligência flui melhor quando eu acordar.”

Seis horas depois...

Ainda bocejando, meio babado e mastigando nada, se espreguiçou e começou a ficar preocupado, pois teria que sair dali e ao olhar da janela viu os brutamontes esperando por ele.
Andou  de lá pra cá e daqui pra lá até fazer um rastro no tapete e nada.
Foi até a cozinha, a briu o armário e nada, nas panelas nada, e a barriga roncando de fome.
Então começou a ficar desesperado, mas deu umas três tapas em si mesmo dizendo:

"Foco Mané, se não vai se dar mal”

Daí começou a procurar umas fitas de que colecionava em quartinho  de bagunça dos fundos, as tais fitas eram da serie do Magaiver que tinha ótimas idéias e sempre se safava de todas as enrascadas e sem meter a mão no bolso e para Tom sem precisar de grana era o seu lema.
Mas se lembrou  que Josefina esteve lá fazendo faxina e certamente jogou toda velharia fora, e mais uma vês ele balançou os ombros  e disse:

“e eu tenho culpa”

E sorriu com toda sua cara de pau.
Finalmente teve uma idéia!
Esbugalhou os olhos de tanta alegria,  deu um pulo e juntou as roupas que tinha que não eram muitas, colocou-as em uma mochila e foi até o apartamento ao lado e pediu a dona Julieta que lhe fizesse um favor.Se ela poderia levar  a mochila dele e deixá-la a três quarteirões na loja do Tonhão, para que ele doasse para os pobres, pois ele estava febril e havia combinado e não poderia ir.
Fez uma carinha tão triste que a senhora não resistiu e ainda o elogiou por ser tão solidário.
Ele fez uma cara de cachorro magro, fingiu- se de tímido abaixando a cabeça, e ela até lhe deu um beijo no rosto por uma atitude tão nobre. Dona Julieta mais que depressa apanhou a chave e se foi...
Tom saiu andando em passos lentos esperou a senhora sumir de vista, entrou fechou a porta e deu pulos de alegria.Aproveitou e deu uma olhadinha de leve na janela e os malditos ainda estavam La de guarda.
Ele não se importou e foi ate o quarto da empregada Josefina, trancou a porta e ficou La até...
Abriu a porta e saiu de Lá, linda e loura, se vestiu de mulher fatal com vestido vermelho e tudo e não teve trabalho nenhum em sair,  se sentindo uma verdadeira periguete, inclusive ganhou assovios dos mesmos caras que queria pega-lo.
Por sorte logo veio um taxi, entrou rapidamente e parou na loja do Tonhão pediu o pacote que tinha deixado Lá mais cedo e a mochila que a velha levou. E mais que depressa, voltou pro taxi.Tonhão queria saber o que ele aprontou desta vez e por que estava vestido daquele jeito, mas que Tom dissesse que explicaria , mas gritou  entrando no carro: assim que estiver  em um lugar seguro mandarei noticias.
E Tonhão gritou sem reposta: e onde seria esse lugar, no céu?
Tom pensou “Quem sabe!”
Horas depois...
Dentro do avião uma gueixa olhou da janela, deu uma piscadinha e...
Nossa ésta foi por pouco, até loguinho e Arigatô!
                                                                               


                                                                                      Fui
Mayala Morenna


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