quarta-feira, 20 de junho de 2012

Um ato de amor


  

Positivo!

Este foi o resultado, a mãe não sabia se sorria ou chorava, pois havia outros pequenos em casa e a situação financeira não era das melhores...
Alias, esta gravidez foi uma surpresa, talvez para celar a união do casal que esteve prestes a se separar por tão pouco...
Tudo corria muito bem, gestação normal, parto tipo cesariano.
E finalmente ao meio dia nasceu Anna. Mais parecia uma boneca com seu jeito manhoso de espreguiçar, sua boca minúscula e ao primeiro bocejo tinha um formato de letra O.Os olhos, não se viam a cor, de preguiça só queriam manter-se fechados.
E lá estava ela sobre a cama, como um enfeite vivo enviado por Deus.
Mas havia algo de errado, ou de certo, a pequena Anna tinha traços de ser uma menina especial.Os vizinhos aos cochichos curiosos para saber se ela tinha ou não Síndrome de down.A mãe não deu ouvidos, talvez nem ela tivesse certeza, ou fingia que não via.
 Na verdade esta era uma questão minorativa perto do imenso amor que a mãe e a família sentiam por ela.Daí vinha a perguntas alheias:
Será que ela não poderia interromper a gravidez para evitar constrangimentos?
Será que ela pretende esconder dos vizinhos, mas isso é inevitável!
Perguntas e mais perguntas.
Eles não sabem que o que a mãe de Anna mais queria era dar vida aquela criança e encher de luz a casa que só completou com a chegada dela.
Não, jamais uma mãe, uma boa mãe interromperia o nascimento de uma criança simplesmente por ser diferente.
Anna é igual a tantos bebês que só queriam nascer, e nem todos tiveram a mesma sorte, de sobreviver aos abortos e sacos plásticos e morreram sufocados, tiveram o direito de nascer...Anna não é diferente, nem as outras pessoas, na verdade ninguém é igual, nem mesmo gêmeos idênticos.
 Não importa...
Do lado de fora a aparência é só uma casca, o que faz mesmo a diferença é o conteúdo, caráter.Os que julgam aparência são monstros maquiados ou disfarçados. Se não consegue enxergar o interior das pessoas.
Se não pode amar as pessoas por dentro, não deveria merecer a própria vida.
O preconceito é uma deficiência muito grave, é curável, o remédio esta dentro dele mesmo.
È como uma picada de cobra mata, a cura vem do próprio veneno...
O preconceito é uma deficiência muito grave, curável.
A cura está dentro de si mesmo.
Mayala Morenna



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