sábado, 2 de junho de 2012

Melancolia


Não, não me julgue como egoísta se eu não agüentar segurar mais um dos golpes dado pela vida. 
Alguns deles permiti que ela me desse, tive opções e escolhi o mais difícil, tentei endireitar, nem sempre consegui. 
Às vezes errando mais do que acertando, mas, continuava lutando, tinha sempre uma pessoa especial torcendo por mim na linha de chegada, mesmo se eu não alcançasse o primeiro lugar, ainda assim ganharia um abraço de vencedor, por ter tentado e mais um empurrãozinho para não desistir da próxima e da próxima quantas vezes fosse preciso, mas desistir, jamais...
Hoje tento fazer o mais normal o possível, mas, no fim da noite me sinto vazia, já não tem importância, Emergi no meio de lágrimas que não consigo conter, a dor que sinto é muito maior que eu...
Não, não me julgue, nem sou egoísta.
Sou como um animalzinho fiel ao dono e incapaz de seguir a estrada sozinha.
Sei que não é certo e que deveria lutar, mas como?
Sinto-me sozinha no meio da multidão, mas cadê todo mundo?
Só vejo eu e eu, mas não aquele eu de antigamente, o de ontem.
Sou como um vazio melancólico e solitário.
Eu achava que dentro de mim existiam duas metades, mas, me enganei completamente, pois a maior parte de mim não se encontra dentro de mim, estou oca, sem eco, sem foco, sem som e sem rumo.
Sou como um vaga-lume que ascende e apaga, naturalmente.
Já quase não ascende ou fica muito mais tempo apagado sobjudice.
Choro por dentro, sinto que estou afogando o meu coração.
L    e       n        t         a       m       e      n      t         e...
E não sei até quando vou conseguir respirar. 

Mãe, I love you for ever.

Mayala Morenna

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