Ele mais uma vez
pensou em um detalhe importantíssimo que tinha na música que ninguém havia
notado.
“Será que naquela
cantiga antiga, fui no tororó beber água
e não achei” o poço tinha secado? Eu e
minhas duvidas infalíveis.
E colocou a mão
no queijo com expressão pensativa, e se imaginou no meio de um toró de chuva,
com um copo vazio na mão tentando enche-lo com a água da chuva e ao mesmo tempo
lambia algumas gotas, quase não acertava um pingo dentro da boca e todo molhado
falou em voz alta:
Com o
racionamento da água, precisamos economizar pessoal!
Só ai se tocou,
percebeu que não estava na chuva e sim no shopping e que todos pararam e
calaram olhando pra ele que parecia um louco.
Que mico em! Eu e
a minha boquinha e de novo falando sozinho, vou procurar um pisiqui alguma
coisa, eu to piorando. E saiu disfarçando
de fininho.
Ainda parado no
outro lugar se olhou viu sua roupa de palhaço molhada e falou de novamente:
Se eu não to lá e to aqui, por que é que estou
todo molhado?
Verificou se não
havia feito xixi nas calças que por sinal estavam secas graças a Deus suspirou
aliviado e debochadamente alegre.
Sentiu gotinhas
fininhas caindo lá de cima e olhou viu aquele menino danadinho e levado que lhe
tirou a peruca estava com um ex-vidro de desodorante com água jogando lá do
alto.
Ao vê-lo com cara
de levado, não sorriu e resolveu correr atrás dele que corria pra lá e pra cá e
o moleque já tinha dado a volta.
E então teve uma
idéia, a gargalhada se deslizou no corrimão chegando primeiro que o menino.
Todos pensaram
que o menino seria repreendido, mas é claro que isso não ia acontecer, pelo
contrario, o palhaço o pegou no colo e deu-lhe um beijo de estalar as bochechas
e juntos sorriram. Ou melhor, gargalharam.
FIM
Roteiro:
Mayala Morenna
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